O drama do feto que fuma… a proteção da gestante e seu bebê

Amorevole abbraccio

O Bebê fuma? O que acontece quando uma mãe gestante fuma, ou convive num ambiente em que se respira a fumaça do cigarro? Como parar de fumar? Estas são algumas questões que me foram feitas depois de meu artigo anterior sobre dependência química.

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Em minha prática clínica já atendi gestantes fumantes que não estavam conseguindo parar de fumar, e que buscaram tratamento para proteger seus bebês dos efeitos da fumaça de cigarro. Elas tinham consciência que estavam fazendo mal a si mesmas e ao feto.

De forma preliminar, é importante esclarecer que não importa se a mãe fuma, ou convive num ambiente em que se respira a fumaça do cigarro. O efeito é o mesmo. A fumaça ingerida pelo fumante passivo tem 3 vezes mais nicotina, 3 vezes mais dióxido de carbono e 50 vezes mais substâncias cancerígenas que a fumaça ingerida quando se fuma ativamente.

O que acontece com o corpo da gestante, e com seu bebê ao fumar? Ele recebe menos oxigênio e nutriente do que o necessário para o seu desenvolvimento, e por isso entra em sofrimento.

Imagine que seu corpo tem muitos vasos sanguíneos, que são as estradas por onde são transportados oxigênio e nutriente. Os carros que fazem este transporte são as células hemácias.

Quando você fuma, o seu vaso sanguíneo que tinha a dimensão de uma estrada de duas pistas, fica somente com uma. Chamamos isto de vasoconstrição. Com a diminuição do calibre do vaso sanguíneo, as hemácias que trafegavam com liberdade e rapidez, agora vão devagar. O problema é que o órgão que está precisando de oxigênio por causa do esforço de suas atividades, se não recebe oxigênio e nutriente na hora e na quantidade suficiente, entra em sofrimento.

A mãe gestante, está num lindo momento criativo. Possivelmente, o mais significativo de sua vida, pois seu bebe está sendo criado. Por isso, ela precisa de muita energia, nutriente, força, continuamente e na quantidade suficiente.

O problema é: o que acontece com os vasos sanguíneos da mãe gestante, também acontece com sua placenta por onde o bebê é alimentado. A placenta também sofre vasoconstrição (diminuição do calibre) que faz seu bebê receber menos sangue (nutrientes e oxigênio) do que precisa. Então ele sofre.  Para agravar ainda mais a situação, o sangue insuficiente que o bebê recebe vai misturado com dióxido de carbono, ingrediente tóxico (o mesmo que saí do escapamento do carro) que causa sofrimento ás células. Isto interfere no desenvolvimento do bebê, em que ele nasce com baixo peso,  podendo ter complicações ainda mais graves.

A boa notícia é que quando a mãe está gestando, seu corpo parece rejeitar o cigarro antes prazeroso. Penso que o corpo rejeita por “perceber” o sofrimento do bebê. O importante é a gestante aproveitar esta brecha de rejeição do seu corpo à nicotina para parar de fumar. Infelizmente, quando passa a gestação, a maioria das mães fumantes voltam a fumar a mesma quantidade de antes da gestação porque não aproveitaram para, de fato, pararem de fumar durante essa janela de oportunidade psíquica e biológica.

Hoje os Centros de Saúde em Campinas e a Unicamp disponibilizam ajuda para parar de fumar. Tive a oportunidade, como psicólogo, de coordenar junto com mais duas profissionais dentista e clínico geral um grupo de tabagismo no Centro de Saúde Costa e Silva em Campinas por oito anos, que continua em funcionamento.

Na Clínica de Psicologia Espaço Kairós oferecemos grupos de tabagismo e apoio às mães gestantes que queiram parar de fumar. Seus bebês agradecerão, pois seu primeiro e mais significativo ambiente (o útero) terá ar puro, nutriente em abundância, e livre das mais de 4.700 substâncias tóxicas do cigarro.

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Carlos Augusto Rodrigues de Souza

Psicólogo – Mestre em Psicologia Clínica

Rua Gonçalves Cesar, 86 sala 5 – Guanabara

Campinas SP

Fone: 19 3241-3281

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