“Bate outra vez a esperança no meu coração…”: enfrentando o ciclo da dependência química.

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Nestes últimos 10 anos, além do atendimento clínico em psicoterapia e análise, acompanhei pessoas em situação de dependência química, individualmente e em grupo. Organizei vários grupos de tabagismo, e ajudei muitas pessoas a pararem de fumar, e a ficarem abstinente de outras tipos de drogas. Clique Aqui e Saiba Mais

Através do tabagismo, tive a oportunidade de cuidar de pessoas com vários tipos de dependência: maconha, cocaína, ecstasy, ácidos, álcool e outras drogas. Uma das coisas que aprendi com meus pacientes nestes anos, confirmada pela pesquisa acadêmica, é que o prazer que se busca na droga, nunca é maior que o prazer imaginado antes do seu uso.

Ninguém usa droga porque é uma pessoa é ruim. A pessoa usa droga porque a droga dá prazer. Se a droga fosse ruim, ninguém a usaria. A droga é usada porque dá prazer ao usuário. E ele busca esse prazer, a ponto de isso dominar a sua vida, através de um “impulso escravizador de sentir-se bem”.

É um momento em que a droga é buscada não somente porque dá prazer, mas principalmente porque ela alivia os sintomas que surgem quando a pessoa diminuiu ou para de usar a droga. É a busca da droga por causa do alivio e não por causa do prazer. Isso é chamado de patologia da vontade.

Depois de um tempo sem a droga, a pessoa, sem perceber, começa a buscar a droga. O corpo manifesta uma leve agitação, que vai aumentando, e a pessoa fica inquieta, não consegue focalizar atenção nas coisas, a irritação aparece, e uma sensação de vazio toma conta da sua alma e mente, vem a sensação de tédio, ela fica ansiosa ou triste, e aí como consolo ou solução, a imagem da droga começa a aparecer em sua mente.

Essa imagem se intensifica, e a pessoa começa a se ver ingerindo, ou inalando. A imagem vai ficando cada vez mais forte, e o desejo intenso pela droga se instala. Nesse processo, a pessoa já começa a sentir prazer. O prazer não vem depois, ele já nasce aí, e vai ficando cada vez mais forte.

Porque isto acontece? Quando a pessoa se depara com situações, sentimentos, espaços, objetos ou pessoas que lembram o uso, ela começa a imaginar o prazer da droga. Naquele momento, em sua mente, através de processos bioquímicos, inicia a liberação da substância chamada dopamina. Essa substancia também é liberada pela nicotina, pela cocaína, etc. Mas antes é liberada quando a pessoa começa a imaginar a droga inalada passando por suas narinas, descendo pela sua garganta e invadindo o seu corpo.

A pessoa vai para o uso incitada pelo prazer da imaginação, e quando usa, vêm a decepção: o prazer não é o mesmo. Ele é menor ou, até mesmo, ruim. E quando é ruim ela se depara com uma “bad trip” (má viagem). Então a pessoa se culpa, sente-se envergonhada, culpada, e promete para si que nunca mais vai usar de novo. E vem o ciclo: culpa – tristeza – raiva – calmaria – tedio – insatisfação – ansiedade – fantasia – início e intensificação do prazer (imaginação) – busca da droga – uso – culpa…. e o ciclo recomeça. Como romper esse ciclo vicioso? Clique Aqui e Saiba Mais

A resposta é complexa. Esse ciclo não se dá num vazio, envolve a pessoa, sua história, sua família, suas instituições de pertencimento, amigos, disponibilidade da droga em seu meio, disponibilidade de instituições de apoio e tratamento, etc…

Porém, dentro dessa complexidade, uma vez que a pessoa consegue romper com esse ciclo, ela se coloca no caminho da transformação. Um primeiro passo é reconhece-lo, e pensar e refletir sobre as estratégias possíveis dentro de sua própria vida.

Há algumas instituições públicas e privadas de apoio com estratégias e recursos possíveis para enfrentar essa roda viva, ou roda da morte: Centro de atenção psicossocial álcool e drogas – (CAPS Ad), hospitais e clínicas de recuperação com e sem orientação religiosa, alcoólicos anônimos, narcóticos anônimos, Amor Exigente, psicoterapias, grupos de apoio sem e com orientação religiosa.

O importante é a pessoa não desistir de si. Não importa se você já fez várias tentativas. Penso que suas tentativas anteriores de abstinência podem servir de trampolim para você entender melhor o seu funcionamento, e assim, ter melhor êxito na próxima tentativa, dentro de seus objetos. O importante é pensar que não há tratamento mal sucedido. Quanto mais tentativas você fizer, mais próximo você vai estar de parar definitivamente. O fracasso é desistir de si. Por isso, não desista de si. Tente outra vez.

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