Enquanto dirigia o carro, vez ou outra meus olhos cruzavam com uma bela árvore que mostrava toda a sua exuberância de inverno: Ipês de todas as cores, manacás… Até o Chapéu de sol que a pouco estava todo desfolhado mostrava-se repleto de folhinhas verdes em pleno nascimento. Uma maravilha da natureza! Lembrei-me do Salmo primeiro que compara nossa natureza “como árvores plantadas junto a ribeiros de águas”. A visão de uma floresta ou bosque nativo é a variedade de árvores, cada uma diferente da outra. A beleza de uma floresta é sua diversidade. Assim fomos feitos por Deus, diferentes um do outro, em nosso jeito, dons e talentos. Nisto está nossa beleza. Cada árvore que somos tem a sua estação própria para florescer e frutificar. Cada fruto tem o seu sabor e o seu próprio tempo de aparecer. Pensar assim nos protege de ficarmos comparando ou invejando o estilo de ser, o fruto ou a beleza do outro. Mas a metáfora da árvore nos permite apontar uma necessidade comum em nossa natureza humana: a de estarmos plantados em um solo rico em nutrientes e água. O salmista diz que este solo é a meditação na Palavra-Verdade que nutre nossa vida. O contrário disso é ser palha solta na vida levada pelo vento das adversidades, e morta.